terça-feira, 15 de outubro de 2013

Minhas Impressões do filme: As Palavras

"Em algum momento, terá que escolher entre a vida e a ficção. Ambas estão muito próximas, mas, na verdade, nunca se tocam. São duas coisas diferentes entende?"  
"Acha que pode roubar parte da minha vida? Da vida de alguém? Tomar para você e esperar que não haja um preço a pagar?"


O filme é cheio de rostos conhecidos como Bradley Cooper e Zoe Saldana. Conta três estórias diferentes que estão interligadas. A primeira é a de Rory um jovem escritor que ainda não conseguiu fazer com que um de seus livros fosse publicado, ele tem muitas esperanças quanto a esse sonho, mas no decorrer do filme podemos ver que essa esperança vai de desgastando, até que encontra em uma bolsa velha que sua mulher, Dora, comprou em uma loja de artigos usados, páginas antigas de um livro não publicado ele fica tão impressionado com a estória e a escrita que deseja tê-la escrito esse desejo faz com que ele passe para seu computador todo o livro na intenção de sentir como se fosse seu, é ai que a estória começa. É narrada por outro homem um escritor já velho e de sucesso, e não fica claro quem ele é, e se ele na verdade é o personagem Rory. A última estória é a do senhor que de fato escreveu o livro que mais tarde Rory Pública como sendo seu. É quando esse homem retorna que ele percebe o que fez e o quão errado foi isso.
Não é um ótimo filme, faltou um pouco mais de profundidade, mas de fato é um filme muito bom que nos faz pensar. Já li muitos livros que falam sobre conviver com esse erro, mas nunca vi o erro tomar as proporções que tomam no filme. As três estórias parecem ter um final triste já que não fica claro se o escritor que narra à estória está contando na verdade sua própria estória. 
O que mais gostei é como nos mostrou que temos que conviver com nossas escolhas e que às vezes nossas escolhas prejudicam nosso futuro de maneira irrevogável, mesmo que não tenhamos a consciência de como isso irá acontecer. Eu de fato entendi o que Rory sentiu já me senti assim antes querer escrever algo tão bom como o que eu li, querer ter tido aquela ideia e ter me expressado tão bem quanto aquela pessoa, mas escrever algo que já foi escrito tona aquela estória falsa, e o sentimento que ficará é de que perdi algo essencial. E nós como leitores sabemos bem que quando lemos algo que nos toca profundamente mesmo que não tenhamos escrito nos faz sentir que podemos escrever algo tão bom quanto. 
Rory era jovem e cheio de sonhos e se deixou seduzir pela facilidade que era poder realizar o sonho de ser escritor, mas a pergunta que fica é: vale a pena arriscar tudo o que arriscou e chegar aonde ele chegou sem de fato ter merecido aquilo? Não acho que tenha valido a pena, porque eu como leitora e escritora, mesmo que apenas eu leia as coisas que escrevo sei que quando, e se publicasse um livro queria poder tocar, mudar e destruir o coração de uma pessoa, sabendo que fui eu que fiz aquilo, que fiz com que esses sentimentos tão fortes fossem aflorados, e se não fosse perderia o sentido, como sei que aconteceu com Rory.
As palavras tem poder de mudar de transformar e também de destruir, o que temos que decidir é como vamos usá-las. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário